lunedì 21 novembre 2016

As imagens como fundamento da memória urbana na Europa medieval

"As imagens como fundamento da memória urbana na Europa medieval: a ilustração e decoração dos Estatutos e dos Costumes no sul da França, na Itália comunal e na Península Ibérica no final da Idade Média (séculos XIII-XV)"
por Maria Alessandra Bilotta, 28 de Novembro de 2016, às 17h00, na FCSH/NOVA. Entrada livre
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Fontes importantes para a história urbana, os Estatutos (Statuti) e os Costumes (Coutumes, Usatges, constitucions) das cidades medievais são também um elemento decisivo para a construção da memória das cidades na Baixa Idade Média. Uma memória reconstruída com base nos desenvolvimentos sociais e políticos de que os textos e as imagens são o espelho. Trabalho consciente e planeado pelas próprias cidades, os Estatutos e os Costumes não apenas descrevem e contam a sua história, mas também contribuem para a criação, através da escrita, duma memória comum, e desenvolvem um papel fundamental no surgimento duma consciência urbana. As imagens também contribuem para a criação desta consciência. Esta intervenção visa analisar e comparar a decoração e a ilustração dos Estatutos e dos Costumes do sul da França, da Itália comunal e da Península Ibérica, para mostrar as analogias e as diferenças na estruturação visual desta mensagem memorial para melhor compreender as lógicas que regulam a estruturação das práticas da ilustração e da decoração das escritas estatutárias nas sociedades do sul da Europa no final da Idade Média. 
Maria Alessandra Bilotta Membro integrado do IEM-FCSH/NOVA, conduz atualmente um projeto de investigação financiado pela FCT, sobre os manuscritos jurídicos europeus preservados em Portugal. É especialista das circulações artísticas e culturais na Idade Média, da iluminura do sul da França e das suas relações com as Penínsulas Itálica e Ibérica. A sua tese I Libri dei Papi foi publicada pela Biblioteca Vaticana (2011). Desde 1998 publicou 80 artigos científicos, editou obras coletivas e catálogos de exposições; organizou conferências, seminários e workshops internacionais e foi comissária científica de exposições internacionais em França e em Portugal, onde organizou na BNP a primeira exposição sobre os manuscritos jurídicos em Portugal (2016).